quinta-feira, 6 de junho de 2013

A escassez de ônibus e a abundância de crack

                                                                                                                                                   Por S. R.

                                                                                                                                Nível Intermediário II



Uma das coisas sobre Salvador que me frustra muito é o sistema de transporte público. Na terça-feira passada, eu esperei no ponto de ônibus por mais de uma hora, mas meu ônibus nunca chegou. Por causa disso, perdi minha aula e uma reunião com algumas colegas. Acho que ajudaria se os horários fossem publicados mais. Eu moro em NY e embora seja difícil comparar NY a Salvador, nosso sistema de transporte pode ser usado como um modelo. Lá em NY, a gente pode usar vários sites para saber quando um ônibus passa. Também, todos os pontos de ônibus têm placas com os nomes e números dos ônibus que passam pelo local. Acho que uma pequena mudança assim pode reduzir a confusão e frustração dos usuários.

Expectativas

Por S. G.
Nível Intermediário II

Para os homens na rua, eu sou o prêmio alto, magro, loiro, e de olhos azuis para ser ganho pelo pretendente que mais vocalmente chama a minha atenção. Eles sussurram "liiiinda" ou "bee-yoo-chee-ful", quando eu passo, ou tocam meu cabelo, agarram meu braço.

Adaptação

Por J. B.
 Nível Intermediário II

   Tema livre....hmm.... Um professor meu que ensina improvisação musical disse uma vez que na limitação se encontra a verdadeira criatividade. O que então eu vou criar nesta liberdade dada pela nossa querida professora Sara?


   Qualquer coisa serve? Acho que não porque pelo menos não quero aborrecer meus colegas que ficam na obrigação de ler e comentar estas palavras. OK, vamos puxar uma conversa sobre as nossas convivências aqui em Salvador que talvez nós tenhamos em comum dentro de nosso processo de adaptação na sociedade baiana. Acredito que a maioria dos gringos quer se adaptar e queiram fazer parte da coletividade , mas isso não é sempre tao fácil.




A Desigualdade no Brasil

Por R. D.
Nível Intermediário II

 Uma das piores coisas do Brasil (e, na verdade, do mundo inteiro) consiste na desigualdade social, econômica e racial. Com certeza estes três tipos de desigualdade são interdependentes, mas, mesmo assim, é importante falar dos três separadamente para não deixar o assunto ficar em termos muito gerais.


   A desigualdade social se vê muito no Brasil em termos das classes da sociedade e da diferença de valor que está atribuído a cada uma. Um exemplo desse valor que muda para as pessoas de diferentes classes sociais se encontra dentro da própria linguagem brasileira. Por exemplo, uma pessoa que fica nos sinais lavando os vidros de carro aqui se chama “flanelinha”. Esta palavra já vem com uma conotação negativa, pois é usada para chamar uma pessoa de um objeto inanimado: ou seja, um tipo de pano pequeno. Em outras palavras, o apelido acaba minimizando as características humanas da pessoa que trabalha nesta função, o qual acaba fazendo com que seja mais fácil da sociedade enxergar esta pessoa como um ser humano inferior.