segunda-feira, 10 de junho de 2013

Experiência no Brasil

Por L. P.
Nível Intermediário II


Enquanto o período de despedida vai chegando, as emoções vêm todas de uma vez, O amor que eu tenho por esse lugar, misturado com o medo de sair, misturado com a vontade ver minha família, misturada com meu sentimento que meu aprendimento aqui está ainda no meu do seu processo, e que, se eu tivesse mais seis meses, eu iria chegar talvez até um ponto em que eu poderia parar. Mas como é assim, eu não estou em um ponto que eu sinto que posso parar. Eu sinto no meio da minha aventura, no meio do meu processo de me integrar, me procurar, me identificar aqui. Eu estou agora verificando quais amizades são reais e quais não, quais pessoas eu adoro e quero na minha vida para sempre e quais não. E, nessa mesma veia, eu vejo a vida de um jeito que nunca vi antes: como uma coisa passando, uma coisa que não se pode virar e voltar pra re-fazer, uma coisa de uma direção só, e, desse jeito, uma coisa única, e assustador. Eu vejo um monte de momentos que eu quero guardar para minha vida inteira, outras que eu quero continuar ter para minha vida inteira, e mais outras que eu aproveito no momento, e posso deixar passar depois disso. Mas na maioria, são momentos que eu quero guardar, que eu quero ficar tendo por dias e dias. E por isso eu começo pensar: como é que eu posso fazer certeza que, em qualquer lugar, eu vivo assim como eu vivo aqui. Como é que eu posso fazer certeza que eu continuo saindo dançar em qualquer lugar no planeta, que eu continuo conhecendo pessoal novo todo dia? Eu acho que é uma decisão. E mesmo que eu não goste tanto de ter que despedir Salvador, pelo menos eu ganhei essa visão mais clara da vida por causa da minha experiência aqui. Por isso, eu digo obrigada! E até o próximo.