sábado, 15 de junho de 2013

O que aprendi no Brasil

Por S. C
Aluna do Nível Intermediário II

Estou um pouco ansiosa para voltar pro meu país no fim no mês.  Amo muito o Brasil, a Bahia e, especialmente, Salvador.  Tenho bons amigos e uma família hospedeira maravilhosa aqui e fico com medo quando eu penso em saindo desse lugar que, agora faz uma grande parte de mim. 
Contudo, esse blog não é para mim falar sobre meus sentimentos nem minhas emoções, mas para apresentar as coisas que eu percebe que aprendi durante os seis últimos meses morando aqui em Salvador. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Entrevistas: Carnaval de Salvador

 Por N. T
Nível Intermediário II

Na minha aula de português tinha o dever para apresentar alguma coisa com entrevistas. Nosso grupo foi Rebecca,Sinead e Tarique são americanos exceto eu. Pesquisamos sobre ‘A Interseção de Raça, Racismo e Carnaval em Salvador/BA’. Eu tinha ido outras aulas por isso não pude conversar sobre os assuntos dentro do grupo, por isso nós decidimos colocar na pagina de google para compartilhar as estrevistas respectivas.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Minha último despedida: à cidade mesma



Por C. R
Aluna do Nível Intermediário II


Tchau Salvador!

Depois de cinco meses na Capital da Alegria, eu tenho aprendindo, vivido e aproveitado mais do que eu poderia explicar, mas ao mesmo tempo eu tenho sofrido, chorido e reclamado mais do que alguém poderia justificar. Isso é o que Salvador faz- se faz sentir tantas emoções, se faz sentir tanta paixão, se faz sentir TANTA! Tudo de bom e tudo do mal, misturando na cidade e exigindo sua atenção. Quando cheguei na Bahia, em janeiro,  caí sem esperança , completamente e loucamente apaixonada pelas praias, as pessoas, a música, a comida, a alegria, a energia, o amor, a cidade mesma. 

Cada coisa que eu conheci, achava interessante, incrível, impressionante. Tempo passou, e eu conhecia a cidade melhor, e comecei a ver e pensar nas coisas menos lindas, as realidades cotidianas que no início não percebi ou pelo menos não prestava atenção. Com isso, minha cidade e eu comecamos a brigar como amantes novos. Eu estava frustrada, desapontada, zangada e triste. Eu não queria admitir as falhas e deficiências da cidade, o crime, o lixo, a corrupção.. as coisas que estavam interferindo com minha imagem perfeita do Salvador. Mas a vida continuava, e eu tentava conciliar os dois lados da cidade- tentava descobrir como pode ser que a cidade poderia suscitar e poderia representar emoções tais diferentes. Eu tentava descobrir como poderia ser que a cidade estava sofrendo tanto, mas ao mesmo tempo estava tão feliz e cheio de energia. Eu ainda não tenho a resposta certa. Mas tenho uma resposta. Parece que os baianos tem uma atitude extremamente positiva, que eles vêem que, em geral, o bem triunfa sobre o mal, que a beleza da vida e os milagres da natureza triunfam todo o mal e sofrimento. Depois de cinco meses, eu acho que posso finalmente concordar, Tudo Beleza. Eu aprendi a ver o melhor lado da vida, e com isso, tudo é beleza.



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Problemas numa Universidade na Bahia

   
Por M. N.
Aluno do Nível Intermediário II


Adorei minha viagem ao Brasil. Mas eu quero falar agora sobre um tema que, esperançosamente, fique um pouco mais interessante para ler. Eu quero falar sobre a minha relação com a Universidade Católica de Salvador. Nossos problemas começaram há três meses quando eu recebi a lista dos cursos. Quase a metade dos cursos que eu queria tomar começaram às sete horas—ridículo. Como é que eu devo aprender quando estou dormindo? E nossa relação ficou pior. Dois dias depois de me matricular nas minhas aulas, eu recebi um email da Universidade que eu não me podia matricular em duas das minhas disciplinas porque uma aula terminou muito perto do começo da outra aula. Eu respondi que eu tinha falado com os meus professores, e eles não tinham problema nenhum com meu horário. Mas a Universidade respondeu que, infelizmente, não importava o que os professores acharam, "os computadores não permitem que eu faça os dois cursos.”
   Poucos dias depois meu professor de economia, quem eu adorava, anunciou que ele vai sair da Universidade para trabalhar numa outra universidade. Tá bom, eu pensei, vamos receber um ótimo professor novo. E na próxima semana, o recebemos! Por uma semana. A semana depois, o professor anunciou que, na verdade, não podia ensinar às segundas-feiras. Foi mais três semanas para encontrar uma professora nova. Em fim, quando a professora nova (a terceira) começou com a primeira aula do curso (a terceira vez que os alunos tinham ouvido essa aula), já tínhamos perdido sete semanas da aula. 
Obrigado UCSAL.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Brunch em Frankfurt.

Por Elena Stetsurina.

Nível Intermediário II

Olá, queridas colegas! Tudo bem?

Despedimentos e chegadas são uns negócios atarefados. As compras, as ultimas encontras, a festa da despedida, saudades, prometes... Desculpe-me nossa linda professora, não consegue criar o texto na hora certa. Tô escrevendo agora mesmo, na minha caminha pra San Petersburgo, Rússia tendo parada em Frankfurt. Sou atrasada com tarefa, mas me da uma desculpa, eu sou quase baiana!
O aeroporto de Frankfurt... Tenho lhe chegado as milhes vezes. Aqui o ano não tem estações, não. Um ambiente de cor cinzenta e tom desbotado por sempre. Mas assim, cor cinza tem mais do que 150 nuanças, sabiam? Devido do excesso da fantasia os architetores usaram todos aqui . Fizeram muitos pesquisas  para escolher um ou outro matiz cinzo .  É mesmo, o espaço é repartido pelos tones cinzentos, as zonas são definidas,  as sinais cujas cor é azul escuro contrastam e tiram atenção.
Uma violência de cor cinzenta que organiza e aplaca. Os viandantes dirigem-se obedientemente. Pessoal do aeroporto também e saturado pelos cinzenta e organização. Os rostos nem exprimem curiosidade, nem dêem risada.
More left!,- forma-nos um funcionário insatisfeito de fila dos passageiros.
Minha alma russa revolta-se no desejo erguar uma bandeira vermelha e armar um revolução! Espirito trazido da Bahia esta dando o segundo pensamento de agarrar meu pandeiro para dançar uma boa samba. Mais ou menos maioria dos pessoas será surpreendida, os rostos tornarão ao expressões, alguém rirá, alguém moverá ouvindo ritmo, alguém chateará e tudo parecerá uma vida humana...
Meu Deus, que cinzenta!,- resmungo eu saindo ao espaço de tax-free.
A vitrina da loja cosmética esta chamando. Mascaras, brilhantes, cremes, perfumes novas conclamam: 'Test me!'. E idéia boa fazer um bom maquiagem depois 11 horas no avião. Depois vou beber uma taça de bom chardonne bem gelado.  Certo, eu sobreviverei.
....
Muito obrigada para nossa querida professora e todos alunos pelo tempo que passamos juntos. Foi prazer! Ate!
Vossa Elena Stetsurina.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Experiência no Brasil

Por L. P.
Nível Intermediário II


Enquanto o período de despedida vai chegando, as emoções vêm todas de uma vez, O amor que eu tenho por esse lugar, misturado com o medo de sair, misturado com a vontade ver minha família, misturada com meu sentimento que meu aprendimento aqui está ainda no meu do seu processo, e que, se eu tivesse mais seis meses, eu iria chegar talvez até um ponto em que eu poderia parar. Mas como é assim, eu não estou em um ponto que eu sinto que posso parar. Eu sinto no meio da minha aventura, no meio do meu processo de me integrar, me procurar, me identificar aqui. Eu estou agora verificando quais amizades são reais e quais não, quais pessoas eu adoro e quero na minha vida para sempre e quais não. E, nessa mesma veia, eu vejo a vida de um jeito que nunca vi antes: como uma coisa passando, uma coisa que não se pode virar e voltar pra re-fazer, uma coisa de uma direção só, e, desse jeito, uma coisa única, e assustador. Eu vejo um monte de momentos que eu quero guardar para minha vida inteira, outras que eu quero continuar ter para minha vida inteira, e mais outras que eu aproveito no momento, e posso deixar passar depois disso. Mas na maioria, são momentos que eu quero guardar, que eu quero ficar tendo por dias e dias. E por isso eu começo pensar: como é que eu posso fazer certeza que, em qualquer lugar, eu vivo assim como eu vivo aqui. Como é que eu posso fazer certeza que eu continuo saindo dançar em qualquer lugar no planeta, que eu continuo conhecendo pessoal novo todo dia? Eu acho que é uma decisão. E mesmo que eu não goste tanto de ter que despedir Salvador, pelo menos eu ganhei essa visão mais clara da vida por causa da minha experiência aqui. Por isso, eu digo obrigada! E até o próximo.


domingo, 9 de junho de 2013

Entrevistando um chileno


Por W.P.
Nível Intermediário II





 Vou escrever basicamente para pedir  a opinião de vocês. Vocês são os mais indicados para falarem sobre o tema porque moram nos EUA e devem, com certeza, saber ou ter uma ideia sobre o assunto.
   Estou com pouco tempo para fazer um novo texto e por isso decidi comentar uma das entrevistas que eu fiz no trabalho que a gente apresentara na próxima terça feira, na última aula.  O entrevistado é um amigo chileno que conheci em Santiago do Chile e com quem morei –junto a outras quatro pessoas- por dez anos. O nome dele é E. Mactaggart, professor de filosofia, 56 anos de idade.
 

sábado, 8 de junho de 2013

É o Tchan: O charme de Salvador

Por T.S

 Nível Intermediário II

É o Tchan: O charme de Salvador

Devo começar este post por escrever que sou gringo, venho de fora, e passei um ano inteiro aqui.

Na minha universidade nos Estados Unidos, temos bastante brasileiros. Todos são ricos e são gaúchos, paulistas ou cariocas. São filhos de diplomatas ou engenheiros. Quando eu lhes disse que ia fazer intercâmbio no Brasil, me perguntaram na qual universidade em São Paulo eu ficaria. Ao eu dizer que eu ia para Salvador da Bahia, os rostos deles furaram, me perguntando por que eu iria lá.

“Sô tem Carnaval!”
“Pra que você vai lá? Tem nada.”
“Eles gostam de roubar ali. Perigosa, aquela cidade.”
“São mal-educados!”

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Fazendo Compras no Brasil

Por S. M
Nível Intermediário II

Porque é que minha visita semanal ao bom Bom Preço é uma experiência tão dolorosa?
Cada semana quando eu faço as compras semanais fico chocado com o tamanho das filas no supermercado.  Além disso fico igualmente chocado como os brasileiros parecem não se incomodarem com esta situação, como eu fico. É bastante estranho para mim ver como eles toleram o tamanho inaceitável das filas.  Para eles parece ser tão normal pegar filas gigantes como um ritual igual a entrar no supermercado e pegar o carrinho para iniciar as compras.  Aí eu pergunto...porque será que a "experiência do supermercado" na Europa funciona de modo muito mais eficiente do que aqui no Brasil?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A escassez de ônibus e a abundância de crack

                                                                                                                                                   Por S. R.

                                                                                                                                Nível Intermediário II



Uma das coisas sobre Salvador que me frustra muito é o sistema de transporte público. Na terça-feira passada, eu esperei no ponto de ônibus por mais de uma hora, mas meu ônibus nunca chegou. Por causa disso, perdi minha aula e uma reunião com algumas colegas. Acho que ajudaria se os horários fossem publicados mais. Eu moro em NY e embora seja difícil comparar NY a Salvador, nosso sistema de transporte pode ser usado como um modelo. Lá em NY, a gente pode usar vários sites para saber quando um ônibus passa. Também, todos os pontos de ônibus têm placas com os nomes e números dos ônibus que passam pelo local. Acho que uma pequena mudança assim pode reduzir a confusão e frustração dos usuários.

Expectativas

Por S. G.
Nível Intermediário II

Para os homens na rua, eu sou o prêmio alto, magro, loiro, e de olhos azuis para ser ganho pelo pretendente que mais vocalmente chama a minha atenção. Eles sussurram "liiiinda" ou "bee-yoo-chee-ful", quando eu passo, ou tocam meu cabelo, agarram meu braço.

Adaptação

Por J. B.
 Nível Intermediário II

   Tema livre....hmm.... Um professor meu que ensina improvisação musical disse uma vez que na limitação se encontra a verdadeira criatividade. O que então eu vou criar nesta liberdade dada pela nossa querida professora Sara?


   Qualquer coisa serve? Acho que não porque pelo menos não quero aborrecer meus colegas que ficam na obrigação de ler e comentar estas palavras. OK, vamos puxar uma conversa sobre as nossas convivências aqui em Salvador que talvez nós tenhamos em comum dentro de nosso processo de adaptação na sociedade baiana. Acredito que a maioria dos gringos quer se adaptar e queiram fazer parte da coletividade , mas isso não é sempre tao fácil.




A Desigualdade no Brasil

Por R. D.
Nível Intermediário II

 Uma das piores coisas do Brasil (e, na verdade, do mundo inteiro) consiste na desigualdade social, econômica e racial. Com certeza estes três tipos de desigualdade são interdependentes, mas, mesmo assim, é importante falar dos três separadamente para não deixar o assunto ficar em termos muito gerais.


   A desigualdade social se vê muito no Brasil em termos das classes da sociedade e da diferença de valor que está atribuído a cada uma. Um exemplo desse valor que muda para as pessoas de diferentes classes sociais se encontra dentro da própria linguagem brasileira. Por exemplo, uma pessoa que fica nos sinais lavando os vidros de carro aqui se chama “flanelinha”. Esta palavra já vem com uma conotação negativa, pois é usada para chamar uma pessoa de um objeto inanimado: ou seja, um tipo de pano pequeno. Em outras palavras, o apelido acaba minimizando as características humanas da pessoa que trabalha nesta função, o qual acaba fazendo com que seja mais fácil da sociedade enxergar esta pessoa como um ser humano inferior.

terça-feira, 4 de junho de 2013


Buscando criar um meio de comunicação virtual com alunos e professores de Português como Língua Estrangeira(PLE) e afins, criei este blog.

Espero, por meio das minhas postagens, ajudar professores, compartilhando as minhas experiências enquanto professora de PLE, e alunos, mediando a sua aprendizagem.