quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rotina em Salvador, BA,Brasil

Por Mathieu Molitor
Nível Intermediário I

O meu dia sempre começa de maneira brutal com o alarme do meu celular, o qual emite um som muito estridente às 6 horas em ponto. Quando alcanço a cozinha, com a sensação de estar cercado por uma bruma densa, me dirijo para a TV a fim de ouvir Ricardo e Silvana enumerar os acidentes de carros que aconteceram à noite, enquanto verifico se tem alguma coisa no refrigerador que o meu estômago poderia aceitar. No banheiro, sempre tenho um pouco de apreensão, porque tem o famoso aquecedor de banho! Este objeto, que descobri no brasil, obriga a fazer uma escolha : ter só um pouco de água, mas quente, ou ter muita água, mas fria. Em todo o caso, a gente se sente aldrabado.

A caminho da UFBA, na Avenida Oceânica, eu sempre cruzo com as mesmas pessoas. Existe um homem muito velho, talvez 70 anos, de pele branca e muito alto, que anda lentamente no sentido oposto. Provavelmente, ele faz exercício. Entre as duas pistas da avenida, há uma faixa de terra com árvores onde uma mulher de pele preta e roupas vermelhas varre as folhas mortas. O cabelo dela é muito curto, e eu sempre me surpreendo quando a olho : ela é tão gorda, que é difícil dizer onde começam os glúteos e onde acaba a barriga. Ela, realmente, possui uma geometria particular. Mais adiante, há os motoristas de táxi que esperam tranquilamente jogando cartas. Em frente, existe um ponto de ônibus. Lá, eu reparei uma coisa estranha. Normalmente, quando uma pessoa quer que um ônibus pare, ela acena de modo que o motorista possa ver, o que é normal. Mas o engraçado, é que muitas vezes, quando se trata de uma mulher, ela acena e também gesticula com a mão exatamente como faria a asa de um pássaro. Não sei precisamente qual é o objetivo deste extra movimento, mas é claro que não ajuda o motorista  em nada.       


terça-feira, 30 de julho de 2013

Viagem à Chapada Diamantina

Por Rochelle Galvão
Nível Intermediário I

Este fim de semana passado, eu tive o prazer de viajar para a Chapada Diamantina, localizada no centro da Bahia. Por três longos dias, eu estava cercada pela beleza, ambiência, e amigos que fizeram esta viagem uma das minhas favoritas e definitivamente uma para recordar. Deixe-me compartilhar com vocês algumas das minhas coisas favoritas sobre Chapada Diamantina!
Natureza: Andando em Lençóis e nas florestas circundantes era como caminhar através de uma pintura um minuto e uma fotografia do outro. A cidade de Lençóis tinha uma sensação antiquada, enquanto caminhávamos pelas ruas de paralelepípedos. Durante a viagem, o nosso grupo fez várias caminhadas e a gente observou cachoeiras, caminhos rochosos, corpos claros de água, vegetação e até mesmo uma caverna. Crescer numa cidade movimentada, por vezes, pode fazê-lo esquecer a beleza natural que a terra é capaz de produzir.
Alimentos: Se você pudesse escolher um tipo de alimento para comer para o resto da sua vida, o que você escolheria? Sem dúvida, eu escolheria pizza! (Em segundo lugar seria o açaí, eu acho.) Felizmente para mim, eu encontrei tanto em Lençóis, por um preço extremamente acessível. A comida preparada pela pousada que ficamos também era popular entre o grupo: Viva Arroz e Feijão!


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Chapada Diamantina com os brasileiros : o improviso total !

Por Mathieu Molitor
Nível Intermediário I

O que poderia ser melhor, para um estrangeiro morando em Salvador, do que ter a possibilidade de ir para a Chapada Diamantina acompanhado por brasileiros? Nada! Então, fiquei muito feliz quando uma colega de trabalho da UFBA me perguntou se eu queria fazer caminhadas pela Chapada Diamantina por uma semana com barraca e tudo! Aceitei imediatamente, e os preparativos foram feitos rapidamente (mas seriosamente), numa alegria e excitação que me acompanharam até o dia J, onde a minha colega e eu devíamos nos encontrar na rodoviária de Salvador para pegar o ônibus que iria nos levar para a Chapada Diamantina.


         A viajem foi longa (9 horas), mas a diversidade e a beleza das paisagens naturais não paravam de me encantar, especialmente os cactos enormes que, até lá, só vi em alguns filmes de Cowboy. Não fiquei infeliz, porém, de deixar o conforto espartano do ônibus por nosso destino, uma cidade turística que se chama Andaraí, no meio da Chapada Diamantina. Lá, dois quartos de uma pousada estavam esperando a nossa chegada sob o olhar benevolente de uma zeladora bem simpática. No meu quarto, tinha um aviso na parede que dava informações úteis sobre a pousada. Como sou muito curioso, li o aviso completamente. Havia uma frase que não entendi :

domingo, 28 de julho de 2013

Viagem à Chapada Diamantina, BA, Brasil

Por Tori Jacson


Nível Intermediário I


A viagem a Lençóis, Chapada Diamantina, foi o que eu precisava para saber que eu estou verdadeiramente mudando o meu ponto de vista sobre vida.  Antes da viagem, eu tinha medo por causa das trilhas e muitas horas que seriam passadas na natureza.  Eu nunca fui uma pessoa de gostar de atividades de acampamento em floresta, por isso, achei que Lençóis não fosse um bom lugar para mim. 

sábado, 27 de julho de 2013

Sempre Direto - Pedindo informação em Salvador, BA, Brasil

Por Lydia Koehn
Nível Intermediário I 

Se você alguma vez estiver perdido em Salvador, quando você perguntar indicações, esteja preparado para uma resposta de uma palavra: “Direto”. Em Salvador, a palavra “direto” é seu mapa para a cidade inteira.  


Na minha cidade Detroit nos Estados Unidos, as ruas fazem linhas retas, os bairros são quadrados, e as esquinas são perpendiculares.  Mas a cidade de Salvador tem muitas voltas e reviravoltas.  A cidade não foi desenhada pelo matemático.  As ruas não foram feitas para os estrangeiros.  As ruas têm muitas curvas, e as esquinas são redondas.  Então, se você for “direto”, você vai chegar a qualquer destino.  


Eu aprendi esta regra quando eu estava procurando uma farmácia.  Era minha terceira semana na lindíssima cidade de Salvador, e eu já estava resfriada.  No início, eu tratei de procurar a farmácia sozinha.  Mas logo que eu virei a esquina, eu estava perdida.  


Em Salvador, a gente é muito boa, e eu me sinto confortável para pedir informações.  Mas, quando eu pedi a algumas pessoas indicações para chegar à farmácia, todas as respostas foram mais ou menos as mesmas: “direto.”  Não esquerda nem direita - só direto.  E como eu seguia as indicações delas, eu descobri que para seguir direto, as curvas na rua são a direção correta de ir!  Se você for direto, vai chegar exatamente onde você precisa estar.  


Eu tinha chegado a esta conclusão quando eu cheguei à farmácia.  Eu achei, “Finalmente eu posso comprar o remédio que eu preciso!”.  Mas eu não me lembrei de todas as informações, de todos os remédios em português.  Claro.  Felizmente, as embalagens dos remédios me ajudaram muito.  Um remédio para uma tosse, por exemplo, tinha um desenho duns pulmões e duma garganta.  Eu comprei esse remédio e também outro remédio, “Multigrip” numa caixa cor-de-laranja que dizia “Frutas Vermelhas!”.  Naturalmente, eu me lembrei do sorvete que eu comi no Pelourinho que tinha o delicioso sabor de frutas vermelhas.  Então, eu queria um remédio com o mesmo sabor.  


Depois que eu tinha pagado os meus remédios, eu andei a pé direto, na mesma rua, para minha casa.  Mas, quando eu cheguei em casa, eu vi que eu não tinha lido as palavras grifadas na embalagem de “Multigrip”.  Dentro da caixa cor-de-laranja, havia uma garrafinha com indicações que diziam para tomar de trinta até quarenta gotas, três ou quatro vezes ao dia.  Sem dúvida, no exterior da caixa havia as palavras “Solução oral uso oral pediátrico de 2 a 6 anos.”


Torço muito para que lá na frente, eu não faça o mesmo erro duas vezes. 





sexta-feira, 26 de julho de 2013

Brasil X EUA

Por Jordan Marks

Nível Intermediário I

Eu estou muito surpreendido com a cultura brasileira. É mais ocidental que eu já pensei.

Quando eu liguei a tevê, eu assisti a um programa que era popular quando eu era criança, e foi dublado em Português. Já vi muitos filmes dublados em português durante minha estadia no Brasil. Acho que os Estados Unidos tem um grande mercado para filmes porque Hollywood tem uma grande economia. O Brasil tem muita demanda, mas não tem recursos bastantes para muitos filmes. Os shoppings no Brasil são como shoppings nos Estados Unidos. Eu fiquei muito surpreendido quando eu entrei no meu primeiro shopping no Brasil. Muitas lojas para comprar roupas, eletrônico, e lojas para comer. O shopping Barra é muito limpo e atarefado.

Há muitas diferenças entre Brasil e EUA, claro, mas eles têm mais semelhanças que você pensa.

 


Futebol em Salvador, BA, Brasil



Por Christopher Cardona


Nível Intermediário I

Durante a minha estadia em Salvador, eu já tive a oportunidade de assistir dois jogos de futebol.  Os dois jogos foram no estádio Arena Fonte Nova, um dos estádios que vai ser utilizado para a Copa do Mundo em 2014. A primeira partida que eu assisti foi Itália contra Uruguai para determinar a posição do terceiro lugar na Copa de Confederações. Poder assistir esse jogo foi uma experiência inesquecível porque de uma maneira foi uma pré-visualização de como vai ser a Copa do Mundo. Fora do estádio o ambiente foi excelente, os diversos patrocinadores tinham diferentes bancadas com música e produtos oficiais da FIFA. O jogo foi emocionante e dava para perceber a qualidade dos jogadores dentro do campo.  As quase 42.000 pessoas que ingressaram ao estádio deixaram a Fonte Nova pintada de diferentes cores. A maioria da torcida brasileira ficou torcendo para que o Uruguai ganhasse, mas, no final dos noventa minutos, o jogo terminou com um empate de dois a dois. Com o placar empatado, o jogo continuou com duas metades de 15 minutos de prorrogação, mas ainda assim ninguém conseguiu fazer um gol. Imagina ver um jogo assim ser definido nos pênaltis e ao vivo! Com cada pênalti gritei e fiquei mais nervoso, até no final quando o goleiro da Itália conseguiu parar duas cobranças de pênaltis do Uruguai. Itália, o país que eu queria que ganhasse,  ganhou! Depois dessa experiência, eu soube que tinha que voltar e ver outro jogo. Eu resolvi ir na semana seguinte ao jogo do Bahia contra Corinthians. Ver um jogo do Brasilerão é diferente que ver um jogo da FIFA. Primeiro, os torcedores são mais apaixonados por seus clubes, eles tem canções e bandeiras muito grandes que eles as colocam dentro do estádio. Outra diferença é que nos jogos da FIFA eles nao deixam as pessoas entrar com tambores, coisa que muda o ambiente bastante.  O jogo que eu vi acabou com o Bahia perdendo de dois a zero, eu saí do estádio triste, mas gostei de poder ver um dos meus jogadores preferidos, Alexandre Pato, fazer dois gols. Eu recomendo para todas as pesoas que gostam de futebol ir a pelo menos um jogo, vale muito a pena!


Viagem à Chapada Diamantina, Bahia, Brasil

Por Annie Caccimelio
Nível Intermediário I



Antes da nossa viagem a Chapada Diamantina, eu estava nervosa e não animada como os outros estudantes.  Eu não gosto de caminhar muito fora ou nadar em água gelada.  Também eu odeio mosquitos e outros bichos. Então, a noite antes da viagem, eu estava falando com meus pais nos Estados Unidos e estava chorando.  Eu queria ir a Fortaleza com minha família brasileira porque prefiro a praia, mas meus pais disseram que era necessário ir a Chapada porque é importante tentar novas coisas e atividades.



Agora depois da viagem, eu estou muito alegre que eu fui a Chapada.  Nadei em rios, cachoeiras e lagoas belos.  Subi uma chapada com o grupo e tiramos fotos legais que mostram a paisagem distante e majestosa.  Também, venci meu medo das alturas quando eu montei uma tirolesa sobre uma cachoeira alta.  Foi revigorante e eu estou muito orgulhosa de mim mesma.  Finalmente o último dia da viagem, o grupo saiu para Lençóis, a cidade pequena onde ficamos.  Foi muito divertido mesmo, a cidade é muito pequena e pitoresca. Conhecemos muitas pessoas locais e temos muitas histórias engraçadas daquela noite.  A natureza no Brasil é espetacular e um dia espero voltar a Chapada Diamantina com minha família. Se voltar, eu vou explorar mais o parque nacional e vencer mais medos.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Seu Tempo Precioso - Brasil

Por Amber Petty
Nível Intermediário I
   
 Durante o meu tempo no ILCP programa do CIEE gostei de todas as atividades que eles ofereceram. Cada atividade foi escolhida pelos administradores para nos ensinar sobre as complexidades da sociedade brasileira. Com as atividades do programa, também nos foram oferecidas oportunidades para fazer atividades voluntárias nas comunidades que visitamos. Nas muitas viagens do programa, alunos são estimulados no tempo livre, na vida da noite, a se encontrarem com brasileiros nas áreas novas, e por causa disso muitos alunos não participam das atividades voluntárias. Então, isso aconteceu na nossa viagem no fim da semana passado para Chapada Diamantina. A hospedaria que nós visitamos tinha uma conexão com os jovens da comunidade de lá, com isso os administradores da hospedaria também governam um centro para eles. Embora nós saibamos que o programa de CIEE daria uma doação para a fundação do centro, os detalhes sobre a atividade com as crianças foram vagas. 
    No dia das atividades muitos alunos foram relutantes para dedicar o seu tempo para isso em vez de um caminho nas montanhas, um nado nos rios, ou uma cerveja no bar local, mas por eu não ter planos sérios e a administradora do centro já ter me perguntado muitas vezes, eu decidi ir. Quando eu cheguei no centro, eu fiquei surpresa com a mistura das idades das crianças. Literalmente todas as crianças do bairro foram ao centro para essas atividades. Foi bom vê-los tão animados e as crianças foram apreciar a nossa presencia ali. Nós também podíamos ver como o centro afeta a comunidade e como a nossa doação pode ajudar. Isso foi a melhor atividade do ILCP para mim porque eu pude ajudar bastante com um pouco do meu tempo.  Eu estava com sorte, decidi participar e ficarei aqui por mais seis meses. Eu vou ter mais oportunidades como essas, eu quero encorajar os alunos para que no futuro façam também isso.


sábado, 15 de junho de 2013

O que aprendi no Brasil

Por S. C
Aluna do Nível Intermediário II

Estou um pouco ansiosa para voltar pro meu país no fim no mês.  Amo muito o Brasil, a Bahia e, especialmente, Salvador.  Tenho bons amigos e uma família hospedeira maravilhosa aqui e fico com medo quando eu penso em saindo desse lugar que, agora faz uma grande parte de mim. 
Contudo, esse blog não é para mim falar sobre meus sentimentos nem minhas emoções, mas para apresentar as coisas que eu percebe que aprendi durante os seis últimos meses morando aqui em Salvador. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Entrevistas: Carnaval de Salvador

 Por N. T
Nível Intermediário II

Na minha aula de português tinha o dever para apresentar alguma coisa com entrevistas. Nosso grupo foi Rebecca,Sinead e Tarique são americanos exceto eu. Pesquisamos sobre ‘A Interseção de Raça, Racismo e Carnaval em Salvador/BA’. Eu tinha ido outras aulas por isso não pude conversar sobre os assuntos dentro do grupo, por isso nós decidimos colocar na pagina de google para compartilhar as estrevistas respectivas.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Minha último despedida: à cidade mesma



Por C. R
Aluna do Nível Intermediário II


Tchau Salvador!

Depois de cinco meses na Capital da Alegria, eu tenho aprendindo, vivido e aproveitado mais do que eu poderia explicar, mas ao mesmo tempo eu tenho sofrido, chorido e reclamado mais do que alguém poderia justificar. Isso é o que Salvador faz- se faz sentir tantas emoções, se faz sentir tanta paixão, se faz sentir TANTA! Tudo de bom e tudo do mal, misturando na cidade e exigindo sua atenção. Quando cheguei na Bahia, em janeiro,  caí sem esperança , completamente e loucamente apaixonada pelas praias, as pessoas, a música, a comida, a alegria, a energia, o amor, a cidade mesma. 

Cada coisa que eu conheci, achava interessante, incrível, impressionante. Tempo passou, e eu conhecia a cidade melhor, e comecei a ver e pensar nas coisas menos lindas, as realidades cotidianas que no início não percebi ou pelo menos não prestava atenção. Com isso, minha cidade e eu comecamos a brigar como amantes novos. Eu estava frustrada, desapontada, zangada e triste. Eu não queria admitir as falhas e deficiências da cidade, o crime, o lixo, a corrupção.. as coisas que estavam interferindo com minha imagem perfeita do Salvador. Mas a vida continuava, e eu tentava conciliar os dois lados da cidade- tentava descobrir como pode ser que a cidade poderia suscitar e poderia representar emoções tais diferentes. Eu tentava descobrir como poderia ser que a cidade estava sofrendo tanto, mas ao mesmo tempo estava tão feliz e cheio de energia. Eu ainda não tenho a resposta certa. Mas tenho uma resposta. Parece que os baianos tem uma atitude extremamente positiva, que eles vêem que, em geral, o bem triunfa sobre o mal, que a beleza da vida e os milagres da natureza triunfam todo o mal e sofrimento. Depois de cinco meses, eu acho que posso finalmente concordar, Tudo Beleza. Eu aprendi a ver o melhor lado da vida, e com isso, tudo é beleza.



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Problemas numa Universidade na Bahia

   
Por M. N.
Aluno do Nível Intermediário II


Adorei minha viagem ao Brasil. Mas eu quero falar agora sobre um tema que, esperançosamente, fique um pouco mais interessante para ler. Eu quero falar sobre a minha relação com a Universidade Católica de Salvador. Nossos problemas começaram há três meses quando eu recebi a lista dos cursos. Quase a metade dos cursos que eu queria tomar começaram às sete horas—ridículo. Como é que eu devo aprender quando estou dormindo? E nossa relação ficou pior. Dois dias depois de me matricular nas minhas aulas, eu recebi um email da Universidade que eu não me podia matricular em duas das minhas disciplinas porque uma aula terminou muito perto do começo da outra aula. Eu respondi que eu tinha falado com os meus professores, e eles não tinham problema nenhum com meu horário. Mas a Universidade respondeu que, infelizmente, não importava o que os professores acharam, "os computadores não permitem que eu faça os dois cursos.”
   Poucos dias depois meu professor de economia, quem eu adorava, anunciou que ele vai sair da Universidade para trabalhar numa outra universidade. Tá bom, eu pensei, vamos receber um ótimo professor novo. E na próxima semana, o recebemos! Por uma semana. A semana depois, o professor anunciou que, na verdade, não podia ensinar às segundas-feiras. Foi mais três semanas para encontrar uma professora nova. Em fim, quando a professora nova (a terceira) começou com a primeira aula do curso (a terceira vez que os alunos tinham ouvido essa aula), já tínhamos perdido sete semanas da aula. 
Obrigado UCSAL.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Brunch em Frankfurt.

Por Elena Stetsurina.

Nível Intermediário II

Olá, queridas colegas! Tudo bem?

Despedimentos e chegadas são uns negócios atarefados. As compras, as ultimas encontras, a festa da despedida, saudades, prometes... Desculpe-me nossa linda professora, não consegue criar o texto na hora certa. Tô escrevendo agora mesmo, na minha caminha pra San Petersburgo, Rússia tendo parada em Frankfurt. Sou atrasada com tarefa, mas me da uma desculpa, eu sou quase baiana!
O aeroporto de Frankfurt... Tenho lhe chegado as milhes vezes. Aqui o ano não tem estações, não. Um ambiente de cor cinzenta e tom desbotado por sempre. Mas assim, cor cinza tem mais do que 150 nuanças, sabiam? Devido do excesso da fantasia os architetores usaram todos aqui . Fizeram muitos pesquisas  para escolher um ou outro matiz cinzo .  É mesmo, o espaço é repartido pelos tones cinzentos, as zonas são definidas,  as sinais cujas cor é azul escuro contrastam e tiram atenção.
Uma violência de cor cinzenta que organiza e aplaca. Os viandantes dirigem-se obedientemente. Pessoal do aeroporto também e saturado pelos cinzenta e organização. Os rostos nem exprimem curiosidade, nem dêem risada.
More left!,- forma-nos um funcionário insatisfeito de fila dos passageiros.
Minha alma russa revolta-se no desejo erguar uma bandeira vermelha e armar um revolução! Espirito trazido da Bahia esta dando o segundo pensamento de agarrar meu pandeiro para dançar uma boa samba. Mais ou menos maioria dos pessoas será surpreendida, os rostos tornarão ao expressões, alguém rirá, alguém moverá ouvindo ritmo, alguém chateará e tudo parecerá uma vida humana...
Meu Deus, que cinzenta!,- resmungo eu saindo ao espaço de tax-free.
A vitrina da loja cosmética esta chamando. Mascaras, brilhantes, cremes, perfumes novas conclamam: 'Test me!'. E idéia boa fazer um bom maquiagem depois 11 horas no avião. Depois vou beber uma taça de bom chardonne bem gelado.  Certo, eu sobreviverei.
....
Muito obrigada para nossa querida professora e todos alunos pelo tempo que passamos juntos. Foi prazer! Ate!
Vossa Elena Stetsurina.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Experiência no Brasil

Por L. P.
Nível Intermediário II


Enquanto o período de despedida vai chegando, as emoções vêm todas de uma vez, O amor que eu tenho por esse lugar, misturado com o medo de sair, misturado com a vontade ver minha família, misturada com meu sentimento que meu aprendimento aqui está ainda no meu do seu processo, e que, se eu tivesse mais seis meses, eu iria chegar talvez até um ponto em que eu poderia parar. Mas como é assim, eu não estou em um ponto que eu sinto que posso parar. Eu sinto no meio da minha aventura, no meio do meu processo de me integrar, me procurar, me identificar aqui. Eu estou agora verificando quais amizades são reais e quais não, quais pessoas eu adoro e quero na minha vida para sempre e quais não. E, nessa mesma veia, eu vejo a vida de um jeito que nunca vi antes: como uma coisa passando, uma coisa que não se pode virar e voltar pra re-fazer, uma coisa de uma direção só, e, desse jeito, uma coisa única, e assustador. Eu vejo um monte de momentos que eu quero guardar para minha vida inteira, outras que eu quero continuar ter para minha vida inteira, e mais outras que eu aproveito no momento, e posso deixar passar depois disso. Mas na maioria, são momentos que eu quero guardar, que eu quero ficar tendo por dias e dias. E por isso eu começo pensar: como é que eu posso fazer certeza que, em qualquer lugar, eu vivo assim como eu vivo aqui. Como é que eu posso fazer certeza que eu continuo saindo dançar em qualquer lugar no planeta, que eu continuo conhecendo pessoal novo todo dia? Eu acho que é uma decisão. E mesmo que eu não goste tanto de ter que despedir Salvador, pelo menos eu ganhei essa visão mais clara da vida por causa da minha experiência aqui. Por isso, eu digo obrigada! E até o próximo.


domingo, 9 de junho de 2013

Entrevistando um chileno


Por W.P.
Nível Intermediário II





 Vou escrever basicamente para pedir  a opinião de vocês. Vocês são os mais indicados para falarem sobre o tema porque moram nos EUA e devem, com certeza, saber ou ter uma ideia sobre o assunto.
   Estou com pouco tempo para fazer um novo texto e por isso decidi comentar uma das entrevistas que eu fiz no trabalho que a gente apresentara na próxima terça feira, na última aula.  O entrevistado é um amigo chileno que conheci em Santiago do Chile e com quem morei –junto a outras quatro pessoas- por dez anos. O nome dele é E. Mactaggart, professor de filosofia, 56 anos de idade.
 

sábado, 8 de junho de 2013

É o Tchan: O charme de Salvador

Por T.S

 Nível Intermediário II

É o Tchan: O charme de Salvador

Devo começar este post por escrever que sou gringo, venho de fora, e passei um ano inteiro aqui.

Na minha universidade nos Estados Unidos, temos bastante brasileiros. Todos são ricos e são gaúchos, paulistas ou cariocas. São filhos de diplomatas ou engenheiros. Quando eu lhes disse que ia fazer intercâmbio no Brasil, me perguntaram na qual universidade em São Paulo eu ficaria. Ao eu dizer que eu ia para Salvador da Bahia, os rostos deles furaram, me perguntando por que eu iria lá.

“Sô tem Carnaval!”
“Pra que você vai lá? Tem nada.”
“Eles gostam de roubar ali. Perigosa, aquela cidade.”
“São mal-educados!”

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Fazendo Compras no Brasil

Por S. M
Nível Intermediário II

Porque é que minha visita semanal ao bom Bom Preço é uma experiência tão dolorosa?
Cada semana quando eu faço as compras semanais fico chocado com o tamanho das filas no supermercado.  Além disso fico igualmente chocado como os brasileiros parecem não se incomodarem com esta situação, como eu fico. É bastante estranho para mim ver como eles toleram o tamanho inaceitável das filas.  Para eles parece ser tão normal pegar filas gigantes como um ritual igual a entrar no supermercado e pegar o carrinho para iniciar as compras.  Aí eu pergunto...porque será que a "experiência do supermercado" na Europa funciona de modo muito mais eficiente do que aqui no Brasil?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A escassez de ônibus e a abundância de crack

                                                                                                                                                   Por S. R.

                                                                                                                                Nível Intermediário II



Uma das coisas sobre Salvador que me frustra muito é o sistema de transporte público. Na terça-feira passada, eu esperei no ponto de ônibus por mais de uma hora, mas meu ônibus nunca chegou. Por causa disso, perdi minha aula e uma reunião com algumas colegas. Acho que ajudaria se os horários fossem publicados mais. Eu moro em NY e embora seja difícil comparar NY a Salvador, nosso sistema de transporte pode ser usado como um modelo. Lá em NY, a gente pode usar vários sites para saber quando um ônibus passa. Também, todos os pontos de ônibus têm placas com os nomes e números dos ônibus que passam pelo local. Acho que uma pequena mudança assim pode reduzir a confusão e frustração dos usuários.

Expectativas

Por S. G.
Nível Intermediário II

Para os homens na rua, eu sou o prêmio alto, magro, loiro, e de olhos azuis para ser ganho pelo pretendente que mais vocalmente chama a minha atenção. Eles sussurram "liiiinda" ou "bee-yoo-chee-ful", quando eu passo, ou tocam meu cabelo, agarram meu braço.

Adaptação

Por J. B.
 Nível Intermediário II

   Tema livre....hmm.... Um professor meu que ensina improvisação musical disse uma vez que na limitação se encontra a verdadeira criatividade. O que então eu vou criar nesta liberdade dada pela nossa querida professora Sara?


   Qualquer coisa serve? Acho que não porque pelo menos não quero aborrecer meus colegas que ficam na obrigação de ler e comentar estas palavras. OK, vamos puxar uma conversa sobre as nossas convivências aqui em Salvador que talvez nós tenhamos em comum dentro de nosso processo de adaptação na sociedade baiana. Acredito que a maioria dos gringos quer se adaptar e queiram fazer parte da coletividade , mas isso não é sempre tao fácil.




A Desigualdade no Brasil

Por R. D.
Nível Intermediário II

 Uma das piores coisas do Brasil (e, na verdade, do mundo inteiro) consiste na desigualdade social, econômica e racial. Com certeza estes três tipos de desigualdade são interdependentes, mas, mesmo assim, é importante falar dos três separadamente para não deixar o assunto ficar em termos muito gerais.


   A desigualdade social se vê muito no Brasil em termos das classes da sociedade e da diferença de valor que está atribuído a cada uma. Um exemplo desse valor que muda para as pessoas de diferentes classes sociais se encontra dentro da própria linguagem brasileira. Por exemplo, uma pessoa que fica nos sinais lavando os vidros de carro aqui se chama “flanelinha”. Esta palavra já vem com uma conotação negativa, pois é usada para chamar uma pessoa de um objeto inanimado: ou seja, um tipo de pano pequeno. Em outras palavras, o apelido acaba minimizando as características humanas da pessoa que trabalha nesta função, o qual acaba fazendo com que seja mais fácil da sociedade enxergar esta pessoa como um ser humano inferior.

terça-feira, 4 de junho de 2013


Buscando criar um meio de comunicação virtual com alunos e professores de Português como Língua Estrangeira(PLE) e afins, criei este blog.

Espero, por meio das minhas postagens, ajudar professores, compartilhando as minhas experiências enquanto professora de PLE, e alunos, mediando a sua aprendizagem.