quinta-feira, 6 de junho de 2013

A escassez de ônibus e a abundância de crack

                                                                                                                                                   Por S. R.

                                                                                                                                Nível Intermediário II



Uma das coisas sobre Salvador que me frustra muito é o sistema de transporte público. Na terça-feira passada, eu esperei no ponto de ônibus por mais de uma hora, mas meu ônibus nunca chegou. Por causa disso, perdi minha aula e uma reunião com algumas colegas. Acho que ajudaria se os horários fossem publicados mais. Eu moro em NY e embora seja difícil comparar NY a Salvador, nosso sistema de transporte pode ser usado como um modelo. Lá em NY, a gente pode usar vários sites para saber quando um ônibus passa. Também, todos os pontos de ônibus têm placas com os nomes e números dos ônibus que passam pelo local. Acho que uma pequena mudança assim pode reduzir a confusão e frustração dos usuários.


  



Outro problema que percebo todos os dias é o uso do crack que tem muitas semelhanças com “epidemia de crack” que ocorreu nos EUA nos anos oitenta. Não sei muito sobre a política relatada deste problema, mas é bem claro que as ações do governo não são suficientes para lidar com as pessoas viciadas em crack. Já faz mais de cinco meses que moro em Salvador e nunca vi nenhuma propaganda oferecendo ajuda ou apoio, e para mim, a  cidade precisa mais de apenas a  mensagem que “Crack é uma armadilha” para melhorar o problema. Talvez programas já existam, mas nesse caso os têm que ser muito mais populares.

7 comentários:

  1. O transporte público daqui de Salvador é terrível, "um tapa em nossa cara". É uma batalha que passamos todos os dias para conseguir entrar no bus, são pontos de ônibus com muitas pessoas, ônibus com superlotação, sem horários fixos de chegada e saída... Ultimamente, pegar o trânsito aqui não é algo desejado por nós, pois temos ruas com crateras, aquilo não pode mais ser chamado de buraco. Temos muito o que aprender ainda, mas existem lugares no Brasil que esses problemas são quase inexistentes. Vocês já conheceram algum desses lugares?

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  2. Ah, em relação ao crack, você leu algo sobre a bolsa crack? Se sim, o que achou?

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    1. Acabei de ler este artigo aqui:
      http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/outros-destaques/bolsa-crack-recomeco-ou-retrocesso/

      Quando eu li a machete eu pensei *nossa, o governo vai pagar pelo crack dos viciados* mas isso obviamente não é o caso. O coisa que destaca esse programa mais é que está tratando o vício como o que ele realmente é: um problema de saúde público. Acho uma mudança positiva porque usualmente o vício está tratado em termos de crime sem pensar nas desigualdades sociais que perpetuam tal problema nem as coisas que uma pessoa que recebe o tratamento médico necessário pode contribuir à sociedade. Essas coisas são MUITO complicadas e não vai ser consertadas facilmente nem rapidamente porém acho que Bolsa Crack pode ser uma boa começa a eliminar o problema de crack independente de limites de a disponibilidade de dinheiro, clase social, raça, etc.
      -SCR

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    2. Uma correção:
      ...independente das limites da disponibilidade de dinheiro por causa da classe social, raça, etc. Eu falo disso porque é uma grande parte da problema nos EAU e uma das várias razões porque os viciados vão para uma prisão em vez de un clinico de reabilitação.
      -SCR

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  3. Na cultura latina –mais acolhedora e “feliz”- muitas vezes a gente tem problemas com o respeito da lei e das normas, em geral. Pelo menos no Chile, a gente desrespeita até a lei do Mato. Nesse sentido, não é fácil ter boas políticas públicas, porque cada um de nos, acha-se esperto demais, e vai preferir o interesse individualimediato ,desconsiderando que possamos prejudicar aos outros. Ou seja, vamos usar o carro e reclamar da inoperância dos “outros”, no engarrafamento, ainda que o transporte público for ótimo.
    W.P.

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  4. Concordo com situação de ônibus daqui, em Tóquio também pode pesquizar quando ele vem no celular. Baianos perdem muito tempo por causa disso e pelo engarrafamento quando eles usam seus carros.

    Drogas são muito comum aqui, quando eu morava na outra casa o filho de dona de casa usava maconha as vezes. e ninguém fala para ele, acho que só eu reclamei. e outro amigo também estava viciado pela varias drogas, Agora parece saudável mas não quero pensar a saudé dentro dele...

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  5. Uma coisa que eu acho bem interessante é que depois de morar em Salvador, pensei no Brasil como uma "causa perdida" representada por Salvador e suas falhas na organização, transporte e eficiência. Mas, pense em Curitiba! - outra cidade que tem transporte ótimo e cidadãos criativos e ativos e planejamento bem melhor. Tem programas para reciclagem e segurança e ônibus... Brasil NÃO é Salvador, mas gostaria de ver mais esforço na parte de Salvador para melhorar a reputação da cidade e, portanto, do país.

    SFM

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