domingo, 9 de junho de 2013

Entrevistando um chileno


Por W.P.
Nível Intermediário II





 Vou escrever basicamente para pedir  a opinião de vocês. Vocês são os mais indicados para falarem sobre o tema porque moram nos EUA e devem, com certeza, saber ou ter uma ideia sobre o assunto.
   Estou com pouco tempo para fazer um novo texto e por isso decidi comentar uma das entrevistas que eu fiz no trabalho que a gente apresentara na próxima terça feira, na última aula.  O entrevistado é um amigo chileno que conheci em Santiago do Chile e com quem morei –junto a outras quatro pessoas- por dez anos. O nome dele é E. Mactaggart, professor de filosofia, 56 anos de idade.
 
Segundo ele mesmo me comentara, o seu sobrenome era originário da Escócia. Eu acreditei claro (não tinha porque duvidar) e fazia sentido com sua atividade profissional, a filosofia. Dos três filosofias –na minha opinião- chaves para compreender alguns aspetos do que entendemos por moderno (Hume, Descartes e Kant), pelo menos, o primeiro é escocês . O segundo, francês e o terceiro da Prussia Oriental, mas neto de um escocês também.
   Ele, E. Mactaggart, fez no Chile um percurso interessante na área de filosofia (nas melhores universidades e escolas de Santiago), descontando que após apresentar a sua dissertação no bacharelado“O problema do conhecimento em Nietzsche”, , que eu escrevi durante sete meses, levando dez horas por dia no trabalho, a comissão avaliadora que liu o texto poupou-lhe de fazer o mestrado e deram a chance de entrar diretamente para o doutorado em filosofia.
   O texto sobre Nietzsche foi feito ou preparado em aqueles anos, ou seja, entre 1985 e 1994, e segundo o que eu vi até agora é a única interpretação global do autor, quer dizer, que comenta a obra toda de Nietzsche, com preferência no seu segundo período, sem atrapalhar ainda mais a o leitor interessado em entrar na leitura.
   Seja como for, ele preferiu o ano 1996 sair do Chile e morar na Inglaterra, deixando sua vida profissional por uma espanhola que conheceu. Bom, há uns cinco anos que ele me comentou novamente sobre sua origem, que não era da Escócia, senão da Irlanda, para surpresa minha e imagino que dele mesmo, que desconhecia a verdade.
   Hoje E. Mactaggart trabalho numa “WineHouse”, preparando diferentes tipos de bebidas alcoólicas. Também deve conversar com os clientes porque é uma espécie de exigência do empregador (Cavaleiro do Império Britânico). Na Inglaterra, ele fez um mestrado na Universidade de Londres sobre cultura latino americana, (Imagino que o público que vai para a WineHouse não quer ouvir falar de M Jackson, nem de L Gaga). Qualquer coisa, ela sabe, além de Inglês e Espanhol, Português, e entende bastante de Latim e Grego, o que faz com que trabalhe lá mesmo. Ele é bastante discreto, mas já me comentou que alguma vez sobre o tipo de clientes e que obviamente não posso revelar.
   Quando eu fiz-lhe a pergunta sobre o que livro representa melhor o Brasil ele respondeu o siguiente: “Acho que “Memórias póstumas de Braz Cubas”, só lí o livro em inglês com o nome de “Epitaphof a smallwinner”, do escritor Machado de Assis.
Perguntas.
1.- O que faz a um Irlandês que vai morar no Chile no início do século XX, inventar –se uma outra origem?. Considerando que ninguém no pais sabe muito da situação da Inglaterra, ou sabe pouco.
2.- Não é seu depoimento uma metáfora da sua condição?...smallwinner....

   Eu não sei ao certo qual a razão, até agora não consegui achar nenhuma . Na próxima segunda posso dar uma opinião delirante no momento de comentar os textos de vocês.

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